Educação: pilar do desenvolvimento capixaba

*Por Alexandre Nunes Theodoro Planejar o futuro exige coragem, visão e, sobretudo, compromisso com aquilo que verdadeiramente transforma a sociedade: a educação. Com o movimento ES 500, o Espírito Santo estabelece um pacto de longo prazo para traçar, com ousadia e responsabilidade, os caminhos que levarão o Estado a um novo patamar de desenvolvimento até 2035. Mais do que um eixo estratégico, o plano reconhece que é por meio da educação, da ciência, da inovação e da valorização do conhecimento que um território se fortalece. Não se trata apenas de formar profissionais, mas sim de formar cidadãos protagonistas, criativos, conscientes de seu papel no mundo e preparados para os desafios de uma sociedade em constante transformação. Ao falar em desenvolver competências, falamos em despertar potencialidades, ampliar oportunidades e construir autonomia intelectual e social. É essencial criar um ecossistema de aprendizagem contínua, em que escolas, instituições de ensino superior, centros de pesquisa e ambientes de inovação atuem de forma colaborativa, conectando saberes, pessoas e territórios. A FAESA tem um compromisso inegociável com essa missão. Acreditamos no poder do conhecimento. Há 53 anos, contribuímos ativamente para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo por meio da formação de profissionais de excelência. Somos uma instituição que também se destaca nacionalmente: pelo sexto ano consecutivo somos reconhecidos pelo MEC como o melhor Centro Universitário do Espírito Santo — e estamos entre os dez melhores do Brasil. Essa conquista projeta ainda mais a educação superior capixaba no cenário nacional. Planejar um estado para os próximos dez anos exige mais do que metas ambiciosas, requer a criação de ambientes que estimulem o aprendizado, o pensamento crítico e a cooperação entre diferentes setores. O movimento ES 500 nasce desse esforço coletivo, pautado por metodologias inovadoras e pela mobilização de especialistas, lideranças, sociedade civil organizada e cidadãos comprometidos. Trata-se de um projeto grandioso, não apenas por sua abrangência temporal, mas pelo que representa em termos de visão de futuro. Ao aproximar a educação das demandas reais — como a inovação, a empregabilidade e a formação de competências alinhadas ao mercado — o plano fortalece pontes entre instituições de ensino, setor produtivo e sociedade. Essa articulação é fundamental para transformar conhecimento em oportunidade e planejamento em desenvolvimento sustentável. A educação é capaz de transformar trajetórias individuais e impulsionar avanços coletivos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), ela influencia diretamente 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ou seja, investir em educação é semear o futuro em todas as direções: na economia, na ciência, na cultura e na cidadania. Além de ampliar horizontes, o conhecimento promove conexões e estimula o progresso. Ele favorece o pensamento crítico, a capacidade de adaptação e a formação de cidadãos aptos a atuar de maneira construtiva em um mundo cada vez mais dinâmico, tecnológico e interdependente. Ao colocar o conhecimento no centro de seu planejamento, o Espírito Santo traça um caminho promissor. Um caminho que enxerga na educação não apenas um setor estratégico, mas uma força estruturante, capaz de conectar pessoas, fomentar ideias e impulsionar soluções para os desafios do presente e do futuro. *Alexandre Nunes Theodoro é reitor da FAESA

O Espírito Santo como Polo de Competências: a grande missão do nosso tempo

Falar de futuro é falar das pessoas, reconhecer o talento individual e coletivo por meio da educação. E é por isso que o Plano ES 500 Anos, um projeto estratégico de longo prazo que projeta o Espírito Santo de 2025 a 2035, tem como uma de suas cinco grandes missões o compromisso de transformar o Estado em um Polo de Competências. Não é apenas uma diretriz, é uma escolha de visão. Apostar em pessoas, em saberes, em formação continuada. Em um Espírito Santo que se reconhece no talento de sua população. Esse se constrói a partir da ampliação do acesso ao conhecimento, do fortalecimento da educação básica, da valorização do ensino técnico e profissional e da conexão com centros de inovação e pesquisa. O nosso desafio é criar um ecossistema de aprendizagem que vá além das paredes, um espaço em que escolas, universidades, centros de formação, empresas e governos dialogam em prol de uma sociedade mais preparada, justa e inovadora. Temos bases sólidas. O Espírito Santo é hoje líder no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio, entre as redes estaduais do Brasil. Também somos destaque nacional em proficiência em Matemática. Isso não acontece por acaso. São resultados de políticas públicas sérias, sustentadas por evidências, como a expansão das escolas de Tempo Integral e a integração com o ensino técnico. Hoje, todos os municípios capixabas contam com ao menos uma escola nessa modalidade. Mas para sermos, de fato, um Polo de Competências, precisamos avançar. É preciso universalizar o Tempo Integral como regra, não como programa opcional. É preciso levar o pensamento computacional e a cultura digital a todas as escolas, fomentar o raciocínio lógico e as habilidades socioemocionais desde cedo. É preciso formar para o mundo do trabalho, mas também para a cidadania crítica. Nesse contexto, a educação profissional tem papel fundamental. Nossos cursos técnicos são construídos em parceria com o setor produtivo, alinhados aos arranjos locais, da logística ao turismo, da mineração ao setor moveleiro. Preparamos nossos jovens não só para ocuparem empregos, mas para criarem oportunidades, inovarem e empreenderem – dentro ou fora das empresas. O futuro do Espírito Santo está em formação contínua, em oportunidades que alcançam cada território e valorizam cada talento. Ser um polo de competências significa garantir autonomia, autoestima e dignidade a quem aprende. É investir em quem transforma. Essa é a nossa missão. E ela já começou.   Vitor de Angelo é secretário de Estado da Educação