Conselho de Liderança do Plano ES 500 Anos: Vagas abertas a partir de hoje, 18/08

A partir desta segunda-feira, 18, estão abertas as inscrições para as vagas rotativas do Conselho de Liderança da Governança do ES 500 Anos. Os interessados podem se candidatar por meio do site oficial do Plano (https://es500anos.com.br).   De acordo com a lei Estadual nº 12.375/25, a Governança do Plano ES 500 Anos conduzirá a gestão do planejamento estratégico de longo prazo do Estado, estabelecendo um perfil de governança compartilhada. O Conselho de Liderança é uma das instâncias da Governança do Plano, e será formado por lideranças representativas de suas instituições, que irão deliberar sobre questões estratégicas e diretrizes que orientam o Plano ES 500 Anos.   As vagas rotativas serão ocupadas por nove instituições e entidades, conforme prevê a Legislação estadual. Serão três vagas para representantes do Setor Produtivo, quatro para representantes da Sociedade Civil e duas vagas para a Academia.   O prazo para inscrição encerra no dia 01/09. O resultado preliminar está previsto para 9 de setembro, com prazo de cinco dias úteis para interposição de recursos. A divulgação final dos selecionados ocorrerá na data provável de 23 de setembro de 2025, dia em que também será iniciada a convocação das instituições para a posse.   Podem se inscrever entidades com sede no Espírito Santo, em situação regular nas esferas fiscais e trabalhistas, e que comprovem alinhamento a pelo menos uma das cinco Missões Estratégicas do Plano ES 500 Anos: Economia Diversificada, Inovadora e Sustentável; Polo de Competências; Cuidado Integral; Sustentabilidade e Resiliência Climática; e ES Ágil e Inteligente.   A seleção será feita com base em critérios de elegibilidade, específicos para cada setor, e pontuações definidas em tabela anexa ao edital. Em caso de empate, serão aplicados critérios de desempate conforme a ordem de relevância dos indicadores. O Conselho de Liderança também garantirá a diversidade setorial, não permitindo a participação simultânea de instituições com finalidades semelhantes.   No ato da posse, todas as instituições selecionadas deverão formalizar sua adesão ao Plano ES 500 Anos por meio da assinatura do Termo de Compromisso, reafirmando sua corresponsabilidade na construção de um Espírito Santo mais justo, sustentável, moderno e conectado com os desafios do futuro.   O edital completo pode ser acessado site oficial do plano ES 500 anos. (https://es500anos.com.br/conselho-de-lideranca/)    

Plano ES 500 Anos abre inscrições para membros rotativos do Conselho de Liderança a partir de 18/08

Representantes dos setores produtivo, sociedade civil e academia podem se candidatar até 01/09 para integrar instância deliberativa e estratégica do desenvolvimento de longo prazo do Espírito Santo. No próximo 18 de agosto, serão abertas as inscrições para as vagas rotativas do Conselho de Liderança da Governança do ES 500 Anos. Os interessados poderão se candidatar por meio do site oficial do Plano (https://es500anos.com.br). As vagas rotativas serão ocupadas por nove instituições e entidades, conforme prevê a Lei Estadual nº 12.375/25, que estabeleceu a governança do Plano. Serão três vagas para representantes do Setor Produtivo, quatro para representantes da Sociedade Civil e duas vagas para a Academia. O resultado preliminar está previsto para 9 de setembro, com prazo de cinco dias úteis para interposição de recursos. A divulgação final dos selecionados ocorrerá na data provável de 23 de setembro de 2025, dia em que também será iniciada a convocação das instituições para a posse. Podem se inscrever entidades com sede no Espírito Santo, em situação regular nas esferas fiscais e trabalhistas, e que comprovem alinhamento a pelo menos uma das cinco Missões Estratégicas do Plano ES 500 Anos: Economia Diversificada, Inovadora e Sustentável; Polo de Competências; Cuidado Integral; Sustentabilidade e Resiliência Climática; e ES Ágil e Inteligente. A seleção será feita com base em critérios de elegibilidade, específicos para cada setor, e pontuações definidas em tabela anexa ao edital. Em caso de empate, serão aplicados critérios de desempate conforme a ordem de relevância dos indicadores. O Conselho de Liderança também garantirá a diversidade setorial, não permitindo a participação simultânea de instituições com finalidades semelhantes. No ato da posse, todas as instituições selecionadas deverão formalizar sua adesão ao Plano ES 500 Anos por meio da assinatura do Termo de Compromisso, reafirmando sua corresponsabilidade na construção de um Espírito Santo mais justo, sustentável, moderno e conectado com os desafios do futuro. O edital completo estará disponível a partir do dia 18 de agosto no site oficial do plano.

Plano ES 500 Anos é lançado no Cais das Artes com ampla mobilização da sociedade capixaba

Em cerimônia realizada na quinta-feira (3), no Cais das Artes, em Vitória, foi lançado oficialmente o Plano de Desenvolvimento de Longo Prazo ES 500 Anos, iniciativa que inaugura um novo capítulo no planejamento de longo prazo do Espírito Santo. O plano estabelece metas e estratégias claras para promover o desenvolvimento sustentável do Estado até 2035, com foco em cinco missões: economia diversificada, inovadora e sustentável; polo de competências; cuidado integral; sustentabilidade e resiliência climática; e um Espírito Santo ágil e inteligente.   O evento reuniu cerca de 600 participantes, entre autoridades, representantes da sociedade civil, setor produtivo, academia e especialistas envolvidos na construção colaborativa do plano. Estiveram presentes o governador Renato Casagrande, o secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc; o presidente do Espírito Santo em Ação, Nailson Dalla Bernadina; o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona; entre demais autoridades.   “Hoje é um dia histórico e com um simbolismo muito grande. Um planejamento que consolida a cultura capixaba de conquistar e ter sucesso. Nós temos essa cultura de planejar a longo prazo. Se analisarmos o que vivenciamos nesses últimos anos, a forma em que o Estado, o mundo e até nossas vidas mudaram. Em 2006 planejamos até 2025; depois planejamos até 2030 e agora até 2035. No início não tínhamos tanta tecnologia disponível como agora. Hoje o mundo é totalmente horizontal. O cidadão tem acesso fácil aos governantes e temos que mudar a forma de governar. E o Espírito Santo está conseguindo se adequar a este momento que estamos vivendo”, afirmou o governador Casagrande.   O presidente do ES em Ação explica que o plano simboliza o compromisso com o futuro do estado, baseado em diálogo aberto com diferentes setores. “A sociedade é a grande responsável pelo estado do Espírito Santo. O ES 500 anos tem o potencial de colaborar com diretrizes claras para o acompanhamento de toda a população. Parabenizo a todos os envolvidos nesta construção, especialmente pela governança que foi constituída para acompanhar a execução deste plano”, disse Nailson Dalla Bernadina.   O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, ressalta que, mais uma vez, o Espírito Santo é desafiado a se reinventar. “Somos destaque nacional em diversas políticas, como segurança pública, educação e saúde, fruto de um Estado organizado, com um planejamento bem estruturado e comprometido com a responsabilidade fiscal. Estamos renovando a visão de futuro, as metas e os desafios a serem superados nos próximos anos e o ES 500 Anos passa a ser, a partir de hoje, a bússola de todos os capixabas para que possamos colhermos resultados ainda mais promissores na próxima década”, pontuou. “Nossa visão de longo prazo, expressa no Plano Estratégico da Petrobras para 2050, alinha-se às aspirações do Plano ES 500 Anos, buscando prover energia que assegure prosperidade de forma ética, justa, segura e competitiva, enquanto construímos com os capixabas um ambiente de desenvolvimento sustentável e socialmente justo”, destacou o gerente do Ativo de Albacora da Unidade do Espírito Santo da Petrobras, Felipe Couto. A recepção teve início com uma apresentação cultural do Quarteto da Camerata Sesi, que ajudou a criar um ambiente de celebração para um momento simbólico e histórico para o Estado. Na sequência, foi realizada a apresentação oficial do Plano ES 500 Anos, com destaque para a abordagem metodológica adotada, que coloca os desafios sociais no centro da estratégia de planejamento, estabelecendo metas objetivas e prazos definidos para sua superação. O objetivo é promover ações coordenadas entre diferentes atores da sociedade. A metodologia foi desenvolvida pela consultoria Symnetics.   Outro momento de destaque foi a posse dos membros do Conselho de Liderança do Plano ES 500 Anos, seguida do anúncio do Chamamento Público, conforme previsto na Lei 12.375/2025, que regulamenta a governança do plano. A cerimônia contou ainda com a participação especial de Jorge Gerdau, um dos principais nomes do empresariado brasileiro. Em sua palestra, Gerdau compartilhou reflexões sobre gestão pública eficiente, cultura de excelência e o papel do setor privado no avanço de políticas sustentáveis de longo prazo. Ele também ressaltou a importância da profissionalização da gestão, do uso de dados e da adoção de princípios ESG como bases para um futuro mais próspero e responsável.   Em seguida, foi realizada a leitura do Manifesto ES 500 Anos, documento que reafirma os compromissos do plano com um desenvolvimento inclusivo, sustentável e conectado às demandas contemporâneas da sociedade capixaba. A cerimônia foi encerrada com a entrega simbólica do plano, realizada por crianças, a representantes dos quatro setores que compõem sua governança: governo, setor produtivo, academia e sociedade civil.   Participação ativa da sociedade   O Plano ES 500 Anos é fruto de um processo amplamente participativo. Ao longo de 2024, foram realizadas oficinas regionais em 10 microrregiões capixabas, 34 oficinas temáticas, um evento específico sobre Tecnologias Emergentes e mais de 120 entrevistas com especialistas de diferentes áreas. No total, mais de 1.700 pessoas contribuíram diretamente para a formulação do plano, representando mais de 230 instituições, órgãos públicos e empresas.   “Esta é uma excelente iniciativa. Além de inédita, favorece ações colaborativas entre a iniciativa privada, a sociedade civil organizada e a academia – elemento fundamental para fortalecer, dentre outros, o ecossistema de inovação, diversidade e sustentabilidade do nosso Estado. A contribuição da academia vem para agregar ainda mais valor ao projeto de desenvolvimento do Espírito Santo”, destacou o reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Eustáquio de Castro.   De acordo com Mônica Rezende, superintendente executivo do Instituto Bem Brasil, “a sociedade civil organizada é parte estruturante na construção, na execução e no monitoramento de um plano dessa magnitude. Estar presente, engajar-se e assumir responsabilidades em todas as etapas do processo, representa o modelo de participação cidadã e coletiva que norteia a nossa atuação”.   O conteúdo completo do plano está disponível para consulta pública e acompanhamento por meio da plataforma Comunidade ES 500. A partir de agora, o foco se volta para a fase de implementação, com ações integradas e mecanismos contínuos de diálogo e

Educação: pilar do desenvolvimento capixaba

*Por Alexandre Nunes Theodoro Planejar o futuro exige coragem, visão e, sobretudo, compromisso com aquilo que verdadeiramente transforma a sociedade: a educação. Com o movimento ES 500, o Espírito Santo estabelece um pacto de longo prazo para traçar, com ousadia e responsabilidade, os caminhos que levarão o Estado a um novo patamar de desenvolvimento até 2035. Mais do que um eixo estratégico, o plano reconhece que é por meio da educação, da ciência, da inovação e da valorização do conhecimento que um território se fortalece. Não se trata apenas de formar profissionais, mas sim de formar cidadãos protagonistas, criativos, conscientes de seu papel no mundo e preparados para os desafios de uma sociedade em constante transformação. Ao falar em desenvolver competências, falamos em despertar potencialidades, ampliar oportunidades e construir autonomia intelectual e social. É essencial criar um ecossistema de aprendizagem contínua, em que escolas, instituições de ensino superior, centros de pesquisa e ambientes de inovação atuem de forma colaborativa, conectando saberes, pessoas e territórios. A FAESA tem um compromisso inegociável com essa missão. Acreditamos no poder do conhecimento. Há 53 anos, contribuímos ativamente para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo por meio da formação de profissionais de excelência. Somos uma instituição que também se destaca nacionalmente: pelo sexto ano consecutivo somos reconhecidos pelo MEC como o melhor Centro Universitário do Espírito Santo — e estamos entre os dez melhores do Brasil. Essa conquista projeta ainda mais a educação superior capixaba no cenário nacional. Planejar um estado para os próximos dez anos exige mais do que metas ambiciosas, requer a criação de ambientes que estimulem o aprendizado, o pensamento crítico e a cooperação entre diferentes setores. O movimento ES 500 nasce desse esforço coletivo, pautado por metodologias inovadoras e pela mobilização de especialistas, lideranças, sociedade civil organizada e cidadãos comprometidos. Trata-se de um projeto grandioso, não apenas por sua abrangência temporal, mas pelo que representa em termos de visão de futuro. Ao aproximar a educação das demandas reais — como a inovação, a empregabilidade e a formação de competências alinhadas ao mercado — o plano fortalece pontes entre instituições de ensino, setor produtivo e sociedade. Essa articulação é fundamental para transformar conhecimento em oportunidade e planejamento em desenvolvimento sustentável. A educação é capaz de transformar trajetórias individuais e impulsionar avanços coletivos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), ela influencia diretamente 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ou seja, investir em educação é semear o futuro em todas as direções: na economia, na ciência, na cultura e na cidadania. Além de ampliar horizontes, o conhecimento promove conexões e estimula o progresso. Ele favorece o pensamento crítico, a capacidade de adaptação e a formação de cidadãos aptos a atuar de maneira construtiva em um mundo cada vez mais dinâmico, tecnológico e interdependente. Ao colocar o conhecimento no centro de seu planejamento, o Espírito Santo traça um caminho promissor. Um caminho que enxerga na educação não apenas um setor estratégico, mas uma força estruturante, capaz de conectar pessoas, fomentar ideias e impulsionar soluções para os desafios do presente e do futuro. *Alexandre Nunes Theodoro é reitor da FAESA

Revolução digital na Administração Pública

A revolução digital impacta a administração pública e transforma gradualmente as atividades prestadas pelo Estado. Ela vem acompanhada de desafios e de necessidades que surgem à medida que as tecnologias se aprimoram. Este artigo propõe percorrer o percurso do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no âmbito organizacional estatal, examinando desde a concepção inicial de governo eletrônico, chegando até os trabalhos mais recentes que aludem ao governo digital, de forma descritiva e lógico-dedutiva. Primeiro, examinamos as fundações do governo eletrônico, com suas classificações, identificações e tipos de interação. Depois, trabalhamos as ideias e propostas do governo aberto. Após, o conceito de governo digital é explorado com suas questões-chave. Finalmente, traçamos o processo evolutivo da transformação digital na administração pública.   A sociedade, ao seu turno, busca utilizar essas tecnologias para alcançar os seus direitos. Com a transição do mundo analógico para digital, o uso de plataformas, aplicativos e páginas virtuais tornam-se atos cotidianos. O emprego de tais dispositivos no dia a dia faz com que haja uma relação do seu uso também no âmbito dos serviços prestados pelo governo. O Estado, por sua vez, busca se amoldar e propõe uma simplificação de acesso e promoção de seus serviços. A transformação digital, contudo, vem acompanhada de desafios. Questões relativas à concepção, limites e modo de utilização das TICs surgem, como também as desigualdades no acesso ao universo digital se evidenciam. Além disso, a falta de estrutura, a ineficiência na prestação de serviços online e desconexão entre eles emergem como problemas. No Brasil, por exemplo, embora exista uma Estratégia de Governança Digital (EGD) proposta pelo governo, índices apontam para dificuldades no processo de inserção de tais estratégias. A transformação para uma administração que usa das TICs, bem como o oferecimento de serviços, ocorre de maneira gradual. Assim, o governo eletrônico é dividido por fases ou etapas. A primeira, a Presencial ou informacional, corresponde à mais básica. É quando uma determinada instituição cria uma página na internet e traz algumas informações. Aqui, os serviços são restritos na presença online. Assim, não há necessidade de reengenharia de processos administrativos, pois trata-se apenas de digitalizar as informações disponíveis e fornecê-las em uma página própria. A segunda fase é a da interação, em que serviços passam a ser prestados. Há ferramentas de busca, downloads de arquivos e formulários. Essa etapa inclui capacidades informativas e apresenta formas simples de navegação, exploração e interação com dados. São utilizadas informações via e-mail, download de formulários ou bancos de dados governamentais, permitindo aos cidadãos realizarem perguntas, fazer reclamações e/ou pesquisas. As novas tecnologias Big Data, Internet das Coisas – IoT, inteligência artificial, cloud computing e blockchain são todas tecnologias disruptivas que impactam de modo profundo a sociedade e alteram também as estruturas da administração pública. Diz-se que com elas se inaugura uma nova era de políticas e tomada de decisões. Esta mudança tem modelo orientado pelo e para o cidadão, com os princípios do governo aberto, o desbloqueio de dados, a inserção do “digital por padrão” (ideia de que os serviços digitalizados devem ser os primeiros a estarem disponíveis para as pessoas) e a atenção aos desafios de segurança digital. Assim, a conversão do governo analógico para o digital constitui o uso otimizado dos canais de comunicação para incrementar o uso dos usuários e a prestação de serviços. Usuários se transformam também em co-construtores dos serviços. Serviços e relações passam a ter como base a confiança. Trata-se de um processo de digitalização de ponta a ponta que coloca os métodos clássicos de governo eletrônico como obsoletos, saindo-se da mera eficiência para a construção conjunta.   É o que o Governo do Espírito Santo vem realizando sob a liderança do governador Renato Casagrande, com uma visão planejada de futuro, no âmbito do Projeto ES 500 Anos, e com visível avanço nas ações ligadas à tecnologia e inovação, na busca cada vez maior por mais eficiência da máquina pública, mais transparência e melhor atendimento aos cidadãos.   Victor Murad é Cientista da Computação e subsecretário de Transformação Digital do Governo do ES

O Espírito Santo como Polo de Competências: a grande missão do nosso tempo

Falar de futuro é falar das pessoas, reconhecer o talento individual e coletivo por meio da educação. E é por isso que o Plano ES 500 Anos, um projeto estratégico de longo prazo que projeta o Espírito Santo de 2025 a 2035, tem como uma de suas cinco grandes missões o compromisso de transformar o Estado em um Polo de Competências. Não é apenas uma diretriz, é uma escolha de visão. Apostar em pessoas, em saberes, em formação continuada. Em um Espírito Santo que se reconhece no talento de sua população. Esse se constrói a partir da ampliação do acesso ao conhecimento, do fortalecimento da educação básica, da valorização do ensino técnico e profissional e da conexão com centros de inovação e pesquisa. O nosso desafio é criar um ecossistema de aprendizagem que vá além das paredes, um espaço em que escolas, universidades, centros de formação, empresas e governos dialogam em prol de uma sociedade mais preparada, justa e inovadora. Temos bases sólidas. O Espírito Santo é hoje líder no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio, entre as redes estaduais do Brasil. Também somos destaque nacional em proficiência em Matemática. Isso não acontece por acaso. São resultados de políticas públicas sérias, sustentadas por evidências, como a expansão das escolas de Tempo Integral e a integração com o ensino técnico. Hoje, todos os municípios capixabas contam com ao menos uma escola nessa modalidade. Mas para sermos, de fato, um Polo de Competências, precisamos avançar. É preciso universalizar o Tempo Integral como regra, não como programa opcional. É preciso levar o pensamento computacional e a cultura digital a todas as escolas, fomentar o raciocínio lógico e as habilidades socioemocionais desde cedo. É preciso formar para o mundo do trabalho, mas também para a cidadania crítica. Nesse contexto, a educação profissional tem papel fundamental. Nossos cursos técnicos são construídos em parceria com o setor produtivo, alinhados aos arranjos locais, da logística ao turismo, da mineração ao setor moveleiro. Preparamos nossos jovens não só para ocuparem empregos, mas para criarem oportunidades, inovarem e empreenderem – dentro ou fora das empresas. O futuro do Espírito Santo está em formação contínua, em oportunidades que alcançam cada território e valorizam cada talento. Ser um polo de competências significa garantir autonomia, autoestima e dignidade a quem aprende. É investir em quem transforma. Essa é a nossa missão. E ela já começou.   Vitor de Angelo é secretário de Estado da Educação

ES 500 Anos: Um Futuro Sustentável em Construção

A celebração dos 500 anos do Espírito Santo, prevista para 2035, vai além da simbologia histórica: ela é catalisadora de um movimento estratégico de reinvenção do território capixaba. O projeto ES 500 Anos, concebido como um plano de desenvolvimento de longo prazo, articula governo, setor produtivo e sociedade civil em torno de um objetivo comum — criar um estado inovador, sustentável e resiliente. Neste contexto, ganha destaque o Programa Capixaba de Mudanças Climáticas (PCMC), estrutura pioneira no país ao integrar mitigação e adaptação às mudanças climáticas em escala estadual e municipal. Com mais de R$ 2 bilhões já investidos e expectativa de ultrapassar R$ 3 bilhões até 2030, o programa impulsiona iniciativas que vão desde a descarbonização até a elaboração de planos municipais de risco e adaptação, com rigor técnico e amparo científico oferecido pela UFES. Essa atuação estratégica coloca o Espírito Santo na vanguarda do planejamento climático subnacional. A integração entre planos estaduais e municipais — garantida por metodologia padronizada, uso de geotecnologias e sensoriamento remoto — assegura uma leitura territorial apurada, que permite alinhar diagnósticos, ações e investimentos com precisão cirúrgica. Em um cenário onde eventos extremos tornam-se cada vez mais frequentes, essa sinergia é vital para fortalecer a resiliência local e a capacidade adaptativa dos municípios. Inspirando-se em pensadores como Yuval Harari, que destacam o papel do planejamento de longo prazo para a sobrevivência da espécie humana, o projeto ES 500 Anos assume uma abordagem rara em políticas públicas: pensar o futuro com profundidade. Trata-se de um planejamento orientado por missões, que antecipa crises climáticas e sociais, transforma desafios em metas claras e mensuráveis, e utiliza a tecnologia não como fim, mas como meio para proteger pessoas, ecossistemas e modos de vida. Nesse processo, a Comunidade ES500, plataforma digital de participação popular, permite que o planejamento não seja um privilégio técnico, mas uma construção democrática e contínua. É o Estado reconhecendo que a sustentabilidade só é real quando nasce do diálogo entre ciência, gestão pública e saberes locais. O Espírito Santo, assim, projeta-se como um laboratório de políticas climáticas inovadoras no Brasil. Um estado que não espera o futuro acontecer — planeja, antecipa e constrói. Ao fazer do clima um eixo estruturante de seu desenvolvimento, o projeto ES 500 Anos não apenas honra a história capixaba, mas redefine o papel das políticas públicas no enfrentamento da maior crise da contemporaneidade: o colapso ambiental. Neste horizonte, o futuro não é um acaso. É uma escolha. E o Espírito Santo já fez a sua. *Artigo escrito pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, veiculado no portal de notícias Folha Vitória em 15 de maio de 2025.

O futuro do ES passa pela diversificação da indústria

O desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo começa pela definição do que queremos para o futuro e passa por traçar estratégias para transformar projetos em realidade. E há uma certeza nisso: para avançarmos, será necessário abraçar de vez uma grande oportunidade – diversificar ainda mais a matriz econômica e agregar valor ao que produzimos hoje. Ao longo da história da industrialização capixaba, passamos por diversas fases. Começamos a engatinhar no fim do século XIX, demos os primeiros passos nos anos 1930 e nos firmamos a partir da década de 1960, com a chegada de grandes projetos voltados à exportação. A diversificação industrial, no entanto, é mais recente. Iniciada nos anos 1990, vem crescendo, mas ainda há muito a evoluir. A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) vê na diversificação o caminho para uma indústria mais forte e competitiva, com geração de empregos qualificados e aumento de renda. Digo isso porque o setor industrial, hoje, é o que paga a maior média salarial do país. Onde se instala, promove mudanças reais: movimenta fornecedores, impulsiona o comércio, gera empregos diretos e indiretos e contribui com a arrecadação de impostos. Mas, nosso objetivo vai muito além de termos uma indústria diversificada: almejamos ter uma indústria de alto valor agregado. A nossa história foi construída em cima da produção e exportação de commodities, como o café, o minério e o petróleo – que continuam sendo de extrema relevância para o Estado. O desafio é transformar essas e outras riquezas em produtos acabados. Já temos bons exemplos, como as indústrias que produzem papel, café solúvel, ônibus, eletrodomésticos de linha branca, tintas e muito mais. O Espírito Santo tem demonstrado maturidade ao adotar uma visão estratégica para o futuro, e vivemos um momento de convergência de ideias. O plano ES 500 Anos, liderado pelo Governo do Estado, traz entre suas missões a construção de uma economia diversificada, inovadora e sustentável – três pilares essenciais para uma indústria moderna e alinhada às exigências globais. Mas é claro que essa transformação não pode ser construída de forma individualizada. É fundamental que poder público, setor produtivo e sociedade civil estejam unidos e alinhados em torno desse propósito. A iniciativa do ES 500 Anos já conta com a participação do setor produtivo e de representantes da sociedade civil, por meio de contribuições do Espírito Santo em Ação e do Fórum de Entidades e Federações (FEF), do qual a Findes faz parte. Imagine onde podemos chegar se conseguirmos tirar tudo do papel. O Espírito Santo pode se desenvolver social e economicamente com uma indústria mais diversa e de maior valor agregado. Fortalecer a indústria local é, sem dúvida alguma, o caminho que precisamos perseguir. Hoje, somos um dos cinco estados mais industrializados do país, mas temos todo o potencial de sermos o primeiro e fazer do ES, novamente, um bom exemplo para o Brasil.   *Artigo escrito pelo presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, veiculado no jornal A Gazeta no dia 11 de maio de 2025.